sábado, 22 de agosto de 2009

Uma Mulher em Samaria



Uma Mulher em Samaria (Baseado em João 4)>

A mulher estava sedenta.
Em suas mãos um balde vazio,
No peito a ausência de algo,
Na alma uma dor sem porquê,
As ruas estavam desertas,
E o sol que se erguia,
escaldante, brilhante... lhe dizia não vá!
Mas a sede secava-lhe os
lábios, a pele, os sonhos, o jeito
E andando nas ruas desertas,
Seguia com seu balde vazio,
Rosto cansado, coração roto,
Pés no chão...
E no poço de muitas histórias
Entre gotas do líquido preciosos,
Tentava inundar o seu corpo,
Sua história, memória...
Completa frustração...
Até que o coração solitário
Ergueu-se de repente para ver,
Uma fonte de água crsitalina
e que lhe chamava a beber...
A Fonte olhou-lhe nos olhos
E o reflexo da sua alma carente,
Do seu desejo premente,
Pode naqueles olhos rever
E Ele prometeu-lhe um rio
De águas que nunca se cansam.
Jorram renovando raízes,
Pensando feridas latentes,
Enchendo a vida de novo,
Despertando na mulher solitária,
Um desejo de prevalecer.
E entre palavras e gestos
A Fonte de todas as águas
Tocou, amou, compreendeu...
E trocou com a Samaritana,
O balde para sempre vazio
Pela abundância do Rio
que desce do trono de Deus.

Arlete Castro

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